Câmara entrega Moção da Aplauso ao Morhan

Intenciona singelamente homenagear aqueles que sofrem e sofreram o estigma, aqueles que buscaram e buscam formas legais de representatividade para fazer frente às necessidades dos enfermos, e Bauru é referência nacional e internacional neste quesito.

Ao se falar da história do Morhan – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, fundado em 6 de junho de 1981 em Bauru, torna-se imprescindível referenciar Francisco Augusto Vieira Nunes, pois o mesmo personifica magistralmente este contexto.

Francisco Augusto Vieira Nunes nasceu em 9 de dezembro de 1939 em Manicoré, no estado do Amazonas. Contraiu hanseníase aos cinco anos de idade, na década de 40 e desde a infância, conheceu de perto o preconceito e o isolamento do convívio social.

Na adolescência, passou a morar no hospital-colônia de Porto Velho (RO) e lá ganhou o apelido de Bacurau, nome de um pássaro da região. Apesar da doença, teve atuação superlativa na vida pública. Também se destacou como escritor e compositor.

Em 1979, fez cirurgia nos pés, devido à hanseníase, no Hospital Lauro de Souza Lima, em Bauru. Foi nessa época que conheceu Cachoeira e Nélio Ribeiro, seus futuros parceiros na fundação do Morhan.

Em 1980, redigiu uma carta-programa para a criação de um movimento de defesa dos hansenianos. Logo após a fundação do Morhan, foi realizado o primeiro encontro nacional em Bauru no dia 1º de julho do mesmo ano.

Bacurau faleceu em 1997, porém seu legado e sua história permanecem vivos nos 35 anos do Morhan, legado este marcado por intenso trabalho, por meio de atividades de conscientização e foco na construção de políticas públicas eficazes para a população e pela garantia e respeito aos direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase e seus familiares.

Nivaldo José – Assessoria de Imprensa

Reprodução: Câmara Municipal de Bauru