Sugestões e questionamentos sobre planejamento viário do município são apontados em Audiência Pública
A Câmara Municipal promoveu nesta quinta-feira (18/3), Audiência Pública que discutiu a interligação de bairros e a construção de novas avenidas em Bauru. O encontro realizado em ambiente virtual foi uma iniciativa do vereador Junior Rodrigues (PSD).
A audiência contou com a participação do secretário municipal de Planejamento, Nilson Ghirardello; do diretor do departamento de fiscalização e gestão de contratos da Secretaria de Obras, Bruno Minozzi; dos representantes do Conselho Municipal de Mobilidade, Fabiana Lima e João Felipe; da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag), os engenheiros Alfredo Neme Junior e Archimedes Azevedo Raia Junior, e do arquiteto e professor José Xaides de Sampaio Alves.
Também estiveram presentes os vereadores Mané Losila (MDB), Chiara Ranieri (DEM) e Pastor Edson Miguel (Republicanos).
No início do encontro, Junior Rodrigues apresentou um levantamento feito pelo seu gabinete com locais onde o parlamentar vê necessária a intervenção viária para melhoria do fluxo.
Logo em seguida, Nilson Ghirardello apresentou um mapa que evidenciava 16 projetos para a rede viária do município, todos em fase de projeto geométrico, que antecede a construção de um projeto executivo.
Questionamentos
Mané Losila (MDB) questionou o responsável pela Seplan sobre o projeto da avenida Água do Sobrado, que vai servir para desafogar o tráfego de veículos na região Oeste de Bauru, especialmente nas avenidas Castelo Branco e Bernardino de Campos. Nilson informou que a secretaria já possui o projeto geométrico da avenida, mas não tem recursos para dar sequência ao planejamento.
Archimedes Azevedo questionou se existe o estudo de um corredor de transporte coletivo linear e também falou sobre a implantação de um VLT. A secretaria informou que não mantém estudos desse tipo.
José Xaides frisou que ainda existe uma distância entre o eixo ferroviário e os bairros, sendo necessário um projeto urbanístico para que as áreas sejam ocupadas e o transporte coletivo seja ainda mais efetivo.
Junior Rodrigues perguntou para Nilson sobre as contrapartidas que o município recebe. O secretário explicou que algumas áreas, como a zona sul, recebem maior quantidade de contrapartidas por terem maior interesse imobiliário.
Questionado por um munícipe sobre a contrapartida recebida pelo Executivo pela Zopone, para a remodelação da Praça Portugal, Nilson informou que o repasse está reservado, mas não é suficiente para a totalização do projeto de remodelação.
Sobre as interligações do Jardim Marambá, Bruno Minozzi informou que, no momento, a secretaria não tem ordens de asfaltamento para ligações do bairro.
Sugestões
José Xaides sugeriu a Nilson a inclusão de um projeto que ligue a rua Olga Gonzales de Oliveira até a avenida Comendador José da Silva Martha, diminuindo o fluxo na avenida Nossa Senhora de Fátima. Nilson concordou com a relevância da sugestão do professor.
Alfredo Neme pontuou como alternativa à escassez de recursos, uma aprimoração da Lei de Contribuição de Melhorias, fazendo com que uma norma municipal envolva demais itens de infraestrutura além do asfalto.
João Felipe ressaltou que ao discutir mobilidade, os acessos do transporte coletivo, do pedestre e do ciclista devem ser prioridade.
O deslocamento das linhas férreas que fazem transporte de carga do centro da cidade para outra área também foi sugerido pelos presentes. Ghirardello acredita que uma compatibilização do uso dos trilhos seja uma alternativa menos complexa em relação à transposição das linhas férreas do centro.
Fabiana Lima informou que o poder público tem estudos e projetos de reurbanização da área central, inclusive com a criação de ciclovias.
José Xaides apresentou dados científicos que apontam que o crescimento da população do município nos próximos anos deve desacelerar, chegando a diminuir a partir de 2050. Para o professor, a utilização dos vazios urbanos já existentes na zona urbana do município é o suficiente para absorver o crescimento da população.
A não consideração desses dados de crescimento no Plano Diretor é classificada pelo professor como um “equívoco”, sendo que a expansão segmentada da área urbana pode criar, dentre outros problemas, uma bolha imobiliária em Bauru.
Nilson Ghirardello informou que o novo Plano Diretor não aumenta a área de expansão urbana e que a mesma ocorreu em 2018.
Encaminhamentos
Junior Rodrigues destacou a importância do Plano Diretor para o município, colocando a Câmara Municipal à disposição para novas discussões sobre o tema.
O parlamentar agendou junto com a Rumo, empresa que tem concessão da malha ferroviária do município, uma Audiência Pública que deve ocorrer nos próximos trinta dias.
Os parlamentares presentes disseram que vão requerer a deputados, que representam a região, a apresentação de emendas para destinar recursos para obras de interligações dos bairros.
Reprodução: Câmara Municipal de Bauru
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