Após mobilização na Câmara Municipal, Correios reabrem agências no Mary Dota e Tibiriçá
Depois das cobranças durante a sessão legislativa de ontem, a Câmara Municipal de Bauru recebeu, na manhã desta terça-feira (28/03), a informação de que foi suspenso o fechamento das agências dos Correios no Mary Dota e no Distrito de Tibiriçá. A decisão foi tomada um dia após a aprovação de Moção de Apelo, de autoria do vereador Miltinho Sardin (PTB), para que a direção da estatal desistisse da medida, que prejudicaria milhares de bauruenses.
A notícia da reabertura das agências chegou por telefone ao segundo secretário da Mesa Diretora da Câmara, Roger Barude (PPS), e foi confirmada pela Assessoria de Comunicação da estatal.
As duas agências devem retomar a prestação dos serviços entre hoje e amanhã. De acordo com os Correios, a suspensão do fechamento valerá enquanto alternativas que garantam o atendimento à população das duas regiões da cidade estiverem sendo construídas.
A notícia reforça a importância do papel de fiscalização e representação popular do Poder Legislativo.
Mobilização
Na sessão legislativa de ontem, diversos parlamentares cobraram mobilização política para reverter o fechamento das unidades.
O presidente da Casa, Sandro Bussola (PDT), lembrou que os Correios estão subordinados ao Ministério conduzido por Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, mesmo partido ao qual é filiado o prefeito Clodoaldo Gazzetta.
Na mesma linha, o vereador José Roberto Segalla (DEM) pontuou que a mobilização em Botucatu conseguiu evitar com que duas agências do Banco do Brasil fossem fechadas na cidade, enquanto, em Bauru, quatro fecharam as portas. Por essa razão, sugeriu a formação de uma comissão que articulasse a reversão do fechamento das agências.
Fábio Manfrinato (PP) também se comprometeu a, por meio do deputado federal Ricardo Izar (PP), agendar uma audiência com Guilherme Campos.
Autor da Moção, Sardin foi contatado pelo deputado federal Milton Monti (PR), que também sinalizou empenho em favor da causa.
Natalino Davi da Silva (PV) destacou o prejuízo social que a decisão dos Correios pode desencadear. Francisco Carlos de Góes – Carlão do Gás (PMDB) disse acreditar na reversão da medida.
Markinho Souza (PP), por sua vez, frisou que a empresa presta um serviço público e não deve ser gerenciada sob a ótica mercadológica.
VINICIUS LOUSADA
Assessoria de Imprensa
Reprodução: Câmara Municipal de Bauru
