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Comissões ouvem empresário que questiona pagamentos da Cohab à Jakef

Vereadores ouviram, na manhã desta sexta-feira (26/05), José Guglielmi Ranieri, em reunião chamada pelas comissões de Justiça e de Fiscalização da Câmara Municipal.

Acompanhado do advogado Fábio Leal, o empresário falou aos parlamentares sobre os documentos que entregou ao Poder Legislativo, ao Ministério Público e a veículos de comunicação, questionamento o pagamento de R$ 7,3 milhões, entre os anos de 2014 e 2016, da Companhia de Habitação Popular de Bauru (Cohab) à construtora Jakef, da qual se apresenta como sócio.

Desde que o material chegou à Câmara, as comissões já requisitaram documentos e ouviram, além do presidente da Cohab, Edison Gasparini Júnior, o senhor Milton José Kerbauy, sócio da Jakef e corresponsável pelo Termo de Acordo, assinado há três anos, que estabeleceu os repasses mensais de R$ 200 mil da companhia de habitação em favor de sua empresa.

Ambos negaram irregularidades, pontuando que a Cohab foi condenada, em decisão transitada em julgado, junto à Caixa Econômica Federal (CEF), a indenizar a Jakef, por supostas perdas causadas pela mudança de indexador nos contratos de construção de moradias populares entre as décadas de 1980 e 1990.

José Guglielmi Ranieri foi quem pediu para ser ouvido. Ele detalhou supostas irregularidades na formalização do termo de acordo administrativo entre a Jakef e a Cohab.

Entre os apontamentos do empresário, os fatos de este termo não ter sido registrado nos autos do processo judicial, de uma parcela ter sido paga antes da formalização do acordo e do não cumprimento de obrigações por parte da Jakef em utilizar o dinheiro dos pagamentos para liquidar penhoras.

José Guglielmi Ranieri pontuou também que não há qualquer garantia de que a CEF ressarcirá a Cohab pelos pagamentos já efetuados, como, segundo o presidente da companhia alega, está previsto na sentença.

O empresário questiona também o fato de o fim do processo judicial depender ainda do julgamento de recurso especial impetrado pela CEF.

Outro ponto levantado por José Guglielmi Ranieri é o de que Milton Kerbauy não tinha poderes para firmar o termo de acordo sem sua anuência, acusando-o de falsificar documentos.

Questionado pelos vereadores, o empresário negou ter feito qualquer tipo de ameaça para que pudesse receber os valores pagos pela Cohab à Jakef, mas disponibilizou documento direcionado à presidência da companhia em que solicita a elaboração de um novo termo de acordo no qual figure como responsável pela empresa credora.

Estiveram no Plenário da Casa os vereadores Telma Gobbi (SD) e Markinho Souza (PP), presidentes das respectivas comissões de Justiça e de Fiscalização, Sandro Bussola (PDT), Luiz Carlos Bastazini (PV), Roger Barude (PPS) e Ricardo Cabelo (PP).

Assista à íntegra da reunião

 

VINICIUS LOUSADA

Assessoria de Imprensa

Markinho, Telma, Bussola, Barude, Cabelo, Fábio Leal e José Guglielmi Ranieri

 

Reprodução: Câmara Municipal de Bauru

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