Telma Gobbi questiona divergências na Prefeitura sobre combate a enchentes na Nações Unidas
A vereadora Telma Gobbi (SD) revelou, na última Sessão Legislativa, parecer técnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) que questiona o projeto contratado pela Secretaria de Obras e desenvolvido pela empresa Hidrostudio visando à mitigação das inundações na avenida Nações Unidas, apresentado em Audiência Pública realizada na Câmara Municipal, em março deste ano.
O documento aponta que os estudos elaborados consideram apenas a construção de reservatórios, tecnologia que vem sendo questionada no Brasil, e sequer cogita a possibilidade de reabertura do Córrego Água das Flores, canalizado sob a via, mesmo após a solicitação da pasta ainda durante a gestão anterior.
Segundo o relatório, a alternativa sugerida pela Semma tem sido adotada em várias partes do mundo, com bons resultados.
Telma pontuou a preocupação com as divergências dentro da própria administração, em se tratando de um problema crônico da cidade, que exigirá investimentos milionários. Além disso, a partir do estudo da Hidrostudio, o município terá que contratar o projeto executivo da obra, que será utilizado para a busca de recursos externos, a fim de viabilizá-la. “Não existe consenso”.
Hospital de Base
A vereadora também cobrou que o prefeito Clodoaldo Gazzetta seja mais transparente quanto à possibilidade de cumprimento de suas promessas de campanha, considerando, especialmente, as restrições orçamentárias.
Um dos pontos abordados por Telma Gobbi foi a transferência da gestão do Hospital de Base para o município.
Presidente da Comissão de Saúde, ela destacou a responsabilidade da Câmara Municipal em não ter dado um cheque em branco para a administração assumir a unidade por meio do Projeto de Lei que autorizou o credenciamento e contratação de Organizações Sociais (OS).
Segundo a parlamentar, todo o planejamento da Secretaria Municipal de Saúde ligado ao Hospital de Base foi embasado no incremento de receitas incertas, como a do ISS sobre os cartões de crédito, que, em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), não mais vai se concretizar neste ano.
Planejamento
Iniciada há 17 dias, a greve dos servidores públicos municipais foi outro exemplo citado por Telma de situações criadas pelo mau planejamento. Para ela, a Prefeitura teve tempo para programar o reajuste dos funcionários.
“Se não podia [reajustar os salários], as mesas de negociação deveriam ter acontecido o ano passado inteiro”, destacou.
Assista à íntegra do pronunciamento da parlamentar
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Bauru
Reprodução: Câmara Municipal de Bauru


