O Secretário de Finanças da prefeitura, Marcos Garcia, o primeiro a se manifestar, revelou que o município deve fechar o ano com uma queda na arrecadação de impostos de mais de R$ 17 milhões de reais em relação ao previsto inicialmente. “Varias secretarias estão contingenciando suas despesas para fechar o ano no equilíbrio”, emendou.

O diretor financeiro do DAE, Waldir Gobbi, disse que a inadimplência de empresas públicas e privadas com a autarquia soma mais de R$ seis milhões e que a autarquia vai começar a efetuar cobranças. “Será necessário um reajuste no preço da tarifa de água e esgoto, em torno de 30 por cento, referente a inflação do ano e o acumulado, a ser aplicado a partir de julho próximo”, afirmou.

O Contador da Cohab, Marcelo Nascimento Alba, destacou que a dívida da Companhia com o FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), algo em torno de R$ um bilhão sendo deste, aproximadamente R$ 400 milhões, se encontra no aguardo de procedimento da Caixa Econômica Federal para um acordo.

Marcelo Alba, explicou que após a assinatura do contrato de acordo que prevê quitação em 240 meses entre as partes, provavelmente a partir de julho, a Cohab deverá pagar cerca de R$ um milhão e a prefeitura o mesmo valor.

O vereador Paulo Eduardo de Souza fez questionamentos sobre o funcionamento da Companhia, que não cumpre com sua principal obrigação de construir moradias, mas observou o inchaço com mais de 110 funcionários, inclusive um técnico de secretário que recebeu R$ 22 mil reais bruto de salários, além de 16 advogados e 14 assessores da presidência.

O presidente da Câmara, vereador Arildo de Lima Júnior, questionou o capital integralizado da Companhia e foi informado pelo contador Marcelo Alba, que o valor é de R$ 4.5 milhões.

Diante da situação dramática vivida pela Cohab, o vereador Sandro Bussola, presidente da Comissão de Obras, sugeriu ao presidente da Comissão Interpartidária o agendamento de uma audiência pública para discutir especificamente a condição da Companhia.

O vereador Roque Ferreira, que sugere um processo de liquidação da Companhia, argumentou que não se pode fazer uma discussão por interesses circunstanciais e sim de uma forma mais profunda sobre a Cohab.

O presidente da Comissão Interpartidária, vereador Natalino Davi da Silva, fez uma avaliação positiva da Audiência onde as Secretarias e autarquias apresentaram suas metas e avaliações fiscais referentes ao primeiro quadrimestre do ano. Disse ainda, não definiu data, mas que atendendo sugestão dos vereadores vai chamar uma Audiência Pública para discutir especificamente da Cohab.

Participaram da Audiência Pública além de representantes das Secretarias e Autaquias, os vereadores Miltinho Sardin, Roque Ferreira, Arildo de Lima Júnior (Presidente da Câmara), Telma Gobbi, Artemio Caetano Filho, Paulo Eduardo de Souza, Sandro Bussola, Natalino Davi da Silva e os Consultores Alexandre Previero (Financeiro) e Carlos Augusto Gobbi (Jurídico).

Nivaldo José – Assessoria de Imprensa