Comissão de Fiscalização e Controle discute funcionamento do poço da Praça Portugal
A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara Municipal de Bauru promoveu, na tarde desta quarta-feira (16/3), em conjunto com os representantes do Departamento de Água e Esgoto (DAE) Bauru, uma Reunião Pública no Plenário “Benedito Moreira Pinto” para discutir os constantes problemas com o equipamento eletroeletrônico da bomba do poço da Praça Portugal, de responsabilidade do DAE Bauru, que por inúmeras vezes interrompe o abastecimento de água para parte da população bauruense.
O encontro foi conduzido pela presidente da comissão, Estela Almagro (PT), e contou com a presença dos membros do colegiado, os vereadores Guilherme Berriel (MDB) e Junior Lokadora (PP).
Estiveram de maneira presencial no Plenário da Casa de Leis, o presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Marcos Saraiva; o diretor de Produção e Reservação, Leonardo José dos Santos; o geólogo do DAE, Renato Macari, e o engenheiro eletricista do DAE, Luiz Gustavo Batista de Souza.
Discussão
Abrindo o encontro, Estela Almagro questionou Marcos Saraiva sobre a situação atual do poço da Praça Portugal. O presidente do DAE informou que o poço está em operação, como planejado, e tem como objetivo contribuir com a produção de água em épocas de seca, diminuindo a exigência de água do Rio Batalha.
Guilherme Berriel indagou Saraiva sobre as características de exploração apontadas pela construtora do poço e a bomba que o departamento utiliza na unidade. Saraiva explicou que o poço da Praça Portugal é peculiar devido à composição geológica do local onde ele foi perfurado. “Hoje estamos trabalhando na média de 140 metros cúbicos por hora”, informou o presidente da autarquia, explicando que o poço está em estágio de desenvolvimento.
Marcos Saraiva usou como exemplo de poço em desenvolvimento o Primavera, que também levou um tempo de funcionamento para atingir a performance esperada pelo DAE.
Provocado por Berriel, Renato Macari explicou que a quantidade de perfurações particulares na região de um poço pode afetar a vazão do mesmo, como acontece na região da Praça Portugal. O geólogo reforçou que o poço tem característica de “emergencial”, e por isso, não permanece em funcionamento constante. O equipamento deve ser usado em época de crise hídrica, poupando água do Aquífero Guarani, já que o município possui o insumo disponível nos reservatórios de superfície.
Indagado por Berriel, Luiz Gustavo Batista de Souza explicou que a operação do poço começou com os equipamentos que o departamento já dispunha, sendo objeto de controle constante para que a bomba ou outros componentes do poço não fossem danificados pela mudança de nível ou outra situação técnica.
Renato Macari esclareceu que a bomba que está em funcionamento no poço da Praça Portugal atende a vazão de água que a unidade tem hoje, tendo sido instalada assim que os técnicos do DAE verificaram que a performance permitia a troca. Luiz Gustavo Batista de Souza explicou que o monitoramento do nível dinâmico do poço é feito por eletrodos e acompanhado analogicamente.
Segundo Macari, a bomba que está em funcionamento na unidade é um equipamento que o DAE já possuía, e atende em 90% a performance esperada pelo departamento. Durante a reunião, o geólogo reiterou que imprevistos aconteceram durante e após a perfuração do poço da Praça Portugal, e que o departamento tentou ao máximo resolver essas situações da forma mais eficiente possível.
Marcos Saraiva reiterou que a autarquia não pode comprar uma nova bomba assim que o poço é perfurado porque sua performance passa por alterações no decorrer dos meses de funcionamento. O presidente do departamento revelou a intenção de aquisição de bombas mais eficientes energeticamente para todos os poços municipais, com custo estimado de R$ 1,5 milhão.
Indagado por Guilherme Berriel, Luiz Gustavo explicou que as tabelas de cálculo disponibilizadas pelos fabricantes das bombas são uma referência, e que os engenheiros do departamento fazem cálculos usando os dados reais dos poços perfurados, o que explica a diferença entre os paramentos que são indicados e aqueles adotados pelo DAE.
Questionado por Berriel, Renato Macari explicou que o DAE só faz perfuração guia para novos poços quando o local não tem outras unidades por perto, sendo esse processo feito por licitação. “A empresa faz a perfuração e nós fazemos o estudo”, explicou o geólogo.
Ao fim da reunião, Marcos Saraiva informou que o DAE pretende lançar dois novos poços ainda neste mês e colocar, no total, cinco novos poços em funcionamento até o fim do ano. O presidente da autarquia explicou que, diferente do que foi feito na unidade da Praça Portugal, a perfuração desses novos poços está sendo licitada na totalidade, diminuindo o tempo total de efetivação.
Reprodução: Câmara Municipal de Bauru
Grupo de Vagas de Emprego
Participe do grupo de vagas de emprego de Bauru e região e encontre as melhores oportunidades para você!
Entrar no GrupoGrupo de Trocas e Vendas
Participe do grupo de trocas e vendas de Bauru e região e aproveite as melhores oportunidades!
Entrar no Grupo