NOTA DE PESAR – Milton Dotta
A Câmara Municipal de Bauru, por meio de seus 17 vereadores e servidores da Casa de Leis, manifesta suas condolências e externa votos de pesar pelo falecimento do ex-vereador de Bauru e advogado, Milton Dotta, aos 83 anos, ocorrido nesta quinta-feira (29/2). Ele estava internado no hospital Estadual de Bauru (HEB), em Bauru, tratando de uma pneumonia.
O velório será realizado no Centro Velatório Reunidas, na região central de Bauru, a partir das 9h desta sexta-feira (1º de março). O enterro será no Cemitério da Saudade, no bairro Vila Flores, após o término do velório, no final da tarde desta sexta-feira.
Dotta deixa sua esposa Liliane Martins Dotta, seus filhos do primeiro casamento com Mary Nair Matheus Dotta (in memoriam): Milton Dotta Junior, Victor Antonio Dotta, André Luiz Dotta (in memoriam), José Victoria Dotta Neto, e Giovana Vitoria Martins Dotta, filha de seu último casamento. Além dos filhos, deixa os netos Milton Neto, João Antônio, Vitor, Mateus, Catarina e José Vitório; os bisnetos Helena e Marco; e as noras Margarida Maria, Cristina (in memoriam) e Tatiana.
Elegeu-se vereador pela primeira vez em 1982, aos 42 anos, com 1.810 votos, pelo Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), na 24ª Legislatura (1983-1988). Na sequência, foi reeleito, com 1.776 votos, para o seu segundo mandato na 25ª Legislatura (1989-1992) da Câmara de Bauru, sendo da base de apoio do saudoso prefeito Edison Bastos Gasparini e de seu sucessor, Tuga Angerami, ocasião em que foi presidente do Centro de Defesa do Consumidor – CDC – que funcionava na Câmara Municipal.
Como vereador, atuou como vice-presidente da Mesa Diretora, de 1987-1988, e, no biênio de 1989-1990, presidiu a Mesa Diretora do Poder Legislativo, sendo que em sua gestão foi elaborada a Lei Orgânica do Município (LOM) que dentre outras tantas medidas, implantou a Tribuna Livre nas sessões da Câmara Municipal.
Na Câmara Municipal, recebeu diversas homenagens ao longo do tempo. Em 12 de agosto de 2022, recebeu o Título de “Cidadão Bauruense”, de iniciativa da vereadora Estela Almagro (PT), sob o Decreto Legislativo n.º 1949/2021.
Trajetória
Nascido em Avaí/SP, em 31 de outubro de 1940, Milton é filho do agricultor José Vitória Dotta e de Ana Pietroforte Dotta, que tiveram mais oito filhos: Antonio (já falecido), Jacira, Nair, Ermilda, Josephina, José Vitória, João Carlos e Emília. Desde sua infância e no início da adolescência viveu na zona rural de Avaí, onde demonstrava o seu interesse pela política partidária, sempre fazendo questão de acompanhar o seu saudoso pai em comícios e concentrações políticas.
Viveu a liberdade do campo até os seus 15 anos de idade, quando se mudou, no final de 1955, para Bauru, onde já residia seu irmão mais velho, Antonio (Tony), com a finalidade de cursar o ginásio. Prestou o exame de admissão no Liceu Noroeste da família Ranieri e, em 1956, prosseguiu com os estudos, concluindo o ginásio no ano de 1959.
Iniciou o curso de Técnico de Contabilidade no SENAC e o então Clássico no Instituto de Educação Ernesto Monti. Neste período foi eleito presidente da Federação Bauruense Estudantina – FBE, entidade que encerrou suas atividades com o Golpe Militar de 1° de abril de 1964.
Concluído o curso colegial, ingressou na Faculdade de Direito da Instituição Toledo de Ensino, onde passou a atuar na Juventude Universitária Católica – JUC. Estudava no período noturno e durante o dia trabalhava no INAMPS, na função de cobrador de seguros.
Dotta trabalhou como agente de investimentos, representando por muito tempo a empresa Fenícia, em Bauru e região.
Militante na política, filiado do então Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), acabou sendo candidato a vice-prefeito nas Eleições Municipais de 1976, em uma chapa encabeçada por Antonio Fortunato, que não logrou êxito na disputa.
Persistiu na luta, participando de diversas atividades em clubes de Futebol Amador, no Movimento contra a Carestia, na fundação da secção local do Comitê Brasileiro pela Anistia – CBA -, na distribuição do jornal Hora do Povo e como advogado, na defesa intransigente dos militantes movimentos sociais que rotineiramente eram convocados pelo DEOPS – Departamento Estadual de Ordem e Política Social – e pela Polícia Federal.
Enquanto acadêmico de Direito, participou do Congresso da UNE – União Nacional de Estudantes, em outubro de 1968, na cidade paulista de Ibiúna, ocasião em que todos os estudantes foram presos, sendo que Dotta foi surpreendido com a decretação de sua prisão preventiva. Preso em 12 de outubro de 1968, foi libertado em 12 de dezembro do mesmo ano, véspera da decretação do AI-5.
Diante desta perda irreparável, rogamos a Deus conforto espiritual e nos solidarizamos com os familiares e amigos em reconhecimento aos serviços prestados a esta municipalidade.
Nossos sentimentos.
PODER LEGISLATIVO DE BAURU
Reprodução: Câmara Municipal de Bauru
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